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A noite deste sábado (22) no Bento Freitas se desenrolou com a cara do Grêmio Esportivo Brasil. Time e torcida caminharam juntos e, após muitas reviravoltas na 14ª e última rodada da primeira fase do grupo A8 da Série D, deu tudo certo para o Xavante. Parecia escrito, até. O Rubro-Negro bateu o Concórdia por 1 a 0, com gol de Guilherme Beléa, e contou com a ajuda do Caxias, que em partida paralela conseguiu uma virada na reta final de sua partida e fez 2 a 1 sobre o São Joseense, no Centenário.

Com 20 pontos, o time de Rogério Zimmermann se classificou em quarto lugar da chave. Enfrentará, no primeiro mata-mata, o Patrocinense (MG), líder do grupo A7. O jogo de ida será na Baixada, ainda sem data. Tudo isso significa que a temporada 2023 não termina agora, e o sonho do acesso nacional segue vivíssimo. Para subir, vale lembrar, é preciso chegar entre os quatro semifinalistas. Hoje, faltam seis confrontos - três mata-matas em ida e volta.

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Depois do apito final do árbitro, uma enorme festa tomou conta das arquibancadas e do campo da casa rubro-negra. O tradicional cântico “time de guerreiros” voltou a ser entoado pela torcida. Os jogadores e a comissão técnica homenagearam Toninho Castilhos, preparador de goleiros do clube que morreu na última terça-feira. Zimmermann, em êxtase, correu ao redor do campo para celebrar. Minutos mais tarde, alguns torcedores invadiram o gramado, respeitosamente, e completaram a festa.

Antes do intervalo, o cenário era um...

Ao contrário do que se esperava, o Concórdia veio ao Bento Freitas com linha de quatro defensores, e não cinco. Assim, os dois times ficaram espelhados taticamente. O começo do jogo foi de muitas faltas, mas pouco a pouco o Brasil conseguiu ganhar volume ofensivo. A única novidade de Rogério Zimmermann esteve no ataque. Recuperado de lesão, Rafael Costa recuperou a vaga de Da Silva. Chicão, suspenso, deu lugar a Denis Germano no meio-campo.

Nos primeiros minutos, chamou atenção um anúncio equivocado do sistema de som do estádio, que divulgou um suposto gol do Caxias sobre o São Joseense, no Centenário. Imediatamente, Zimmermann ficou furioso pelo anúncio. Só que, na verdade, o placar não havia sido alterado na Serra, e permanecia zerado – até o fim da etapa inicial, quando os paranaenses largaram em vantagem.

Dentro de campo na Baixada, o Xavante cresceu e tinha nos lances pela direita, com Wellington, as melhores escapadas. O camisa 11 atormentou a vida do lateral-esquerdo dos catarinenses, Cella. Foi ele que, aparecendo por dentro aos 20 minutos, criou a principal ocasião rubro-negra. Um chute de fora da área terminou defendido por Sidão. No rebote, com a bola viva na pequena área, Amaral chegou batendo e parou em milagre do experiente goleiro, de 40 anos, que evitou o gol do volante.

Pouco antes, Marcelo Pitol fez boa intervenção em conclusão forte de Vini Moura. Pela parte do Concórdia, foi o único perigo ao Brasil durante o primeiro tempo. O Xavante, por sua vez, ameaçou em finalização rasteira de Wellington, para fora, aos 40, e em lance no qual Rafael Costa bateu mascado, aos 45. O chute do camisa 9 teve desvio e William Alves, com a bola quase parando, afastou em cima da linha.

Ao fim do jogo, era outro

A maneira eletrizante do término da partida contrastou com um jogo monótono por quase todo o segundo tempo. Isso porque, apesar de o Brasil ter saído na frente cedo, o Camboriú abriu o placar contra o Novo Hamburgo e o Caxias não conseguia sequer o empate diante do São Joseense. Assim como o Xavante, o Concórdia também ia sendo eliminado.

É importante lembrar que nada da festa teria acontecido se não fosse a jogada concluída aos cinco minutos. Márcio Jonatan puxou contra-ataque e tocou para Guilherme Beléa. O camisa 10 ajeitou de frente para o gol de Sidão, perto da meia-lua, e mandou no cantinho, com extrema categoria: 1 a 0.

Dali em diante, era manter a vantagem e torcer pelos outros. Deu certo. Na Serra Gaúcha, Eron marcou aos 26 para fazer 1 a 1. Peu, aos 39, virou para o Grená. O rival estadual permitiu que bastasse ao Brasil garantir o triunfo sobre o Concórdia. Só que os catarinenses passaram a precisar de apenas um gol, já que o empate os classificaria. Então, o êxtase nas arquibancadas passou a ser proporcional à tensão dentro das quatro linhas.

Aos 45 minutos, Mário Henrique foi expulso enquanto deixava o campo para a entrada de Lailson. Furioso, Rogério Zimmermann peitou o bandeirinha à beira do gramado. Acabou recebendo o cartão vermelho também. Sem o auxiliar Gustavo Papa, suspenso, o preparador físico João Beschorner ficou comandando o time nos longos acréscimos. O time visitante pressionou, mas não conseguiu empatar. O Xavante de Rogério Zimmermann e sua torcida segue firme e forte em busca de mais um acesso.

Ficha técnica

Brasil (1): Marcelo Pitol; Tony, João Marcus, Rafael Dumas e Mário Henrique; Amaral, Denis Germano; Wellington, Guilherme Beléa (Lailson – 49’ 2T) e Márcio Jonatan (Branquinho – 30’ 2T); Rafael Costa (Da Silva – 30’ 2T). Técnico: Rogério Zimmermann.

Concórdia (0): Sidão; Miguel (Caio – 7’ 2T), William Alves, Perema e Cella (Lucas Luzzi – 20’ 2T); Robson (Vini Peixoto – 35’ 2T), Arez (João Lenger – 35’ 2T); Marquinhos, Silas (Marquinhos Santos – 7’ 2T) e Vini Moura; Rodriguinho. Técnico: Lucas Isoton (auxiliar técnico de Itamar Schülle).

Gol: Guilherme Beléa, aos 5’ 2T (B).

Cartões amarelos: Amaral, Wellington, Mário Henrique e Victor Jesus [no banco] (B); Robson, Miguel, Rodriguinho, Marquinhos e Silas (C).

Cartões vermelhos: Mário Henrique e Rogério Zimmermann (B).

Árbitro: Eduardo Valadão (GO).

Local: Bento Freitas.

Série D
14ª rodada (última) da primeira fase

Grupo A8
Brasil 1 x 0 Concórdia
Caxias 2 x 1 São Joseense
Camboriú 1 x 0 Novo Hamburgo
Hercílio Luz 2 x 0 Aimoré

Grupo A7
Maringá 3 x 2 XV de Piracicaba
CRAC 1 x 2 Cascavel
Operário (MS) 0 x 1 Ferroviária
Inter de Limeira 1 x 0 Patrocinense

Confrontos dos grupos A7 contra A8 na segunda fase, o primeiro mata-mata

Brasil x Patrocinense (MG)
Inter de Limeira x Caxias
Ferroviária x Hercílio Luz
Maringá x Camboriú